Poeira de artifício
É o que somos
Um mundo de angustias inimigas
Um poço sem fundo de solidão
Sua falta de energia
Minha vontade de devastar a realidade
Vontade de realeza
Um Deus-Pai-Rei
Beleza, leveza, perfeição
Mas o que somos?
Por que empacamos numa estrada sem saída?
O que nos faz continuar?
To oscilando...
Sinto medo de me perder num universo paralelo
Salve Platão!
Se me resta alguma esperança pra tal ilusão...
Salve, salve Platão!
Minha mente perturbada pela sua opinião
Inimigo ou irmão?
O que quer fazer de mim?
Angustia ou solidão?
Que crença posso ter eu depois de tal revelação?
Racionalidade x fé
Escolho o que me traz felicidade
Nem que pra isso eu pareça pequena
Diante de quem estou?
Pra onde é que vou?
Caco de sonhos
Boneca remendada
Teu olhar distante
Seu tom inconstante
Uma núpcias ardente
Porém só na madrugada
Afinal aqui quem fala é uma boneca remendada
Não se mostra por aí uma costura mal ajambrada
Uma caricatura de mulher...
Você homem delicado
De olhos pequenos e pesados
Deparando-se com a boneca desmantelada
Não sabe se vai ou se fica
Nem ela sabe mais...
Ela morde com força
Ele lambe com cortesia
Ela cospe
Ele absorve
Ela vibra
Ele deleitoso se aninha
Perante essa espécie estranha e caótica que é o ser humano
Muitas questões se levantam
Somos uns forasteiros de nós mesmos
Em busca da cidade perdida: Felicidade
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