Tenho um rasgo
Que dá pra ver de longe
Esse espaço entre o tempo e o sonho
Um resguardo do cansaço da queda
Um lastro enorme que se apoderou
Nas minhas pernas tremulas
Banhadas de lágrimas amargas
Minhas linhas
Assimétricas
Frágeis dedos que não seguram
Que pedem.
Mas não querem
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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