domingo, 13 de junho de 2010

Resgurado

Resguardo

Meu vazio faz barulho
Um barulho esganado da falta de ter cheiúra
Um barulho sem fundo
Sem sinal de habitação

Meu vazio barulhou essa noite
Esquentando meu ventre
Me fez berrar seu nome
Esse nome de homem que engana o vazio
Escondendo a dor nesses segundos
Segundos de fingimento de ser habitada

Habitação que ainda te aguarda
Guardada te aguarda
Ardendo te aguarda
Se enganado te aguarda

Eu sou aquela que vive de resguardo
Resguardo sagrado fardo
Um resguardo seco e pesado
Pesando o teu corpo que ainda espero
Por cima do meu espero

O vazio já barulhou seu nome
Em silêncio o vazio barulhento te aguarda
O vazio guardado aguarda
O vazio ardendo aguarda
Inundado te aguarda

Nenhum comentário:

Postar um comentário